para nutrir de verdade
para mim, escutar as dores tem a ver com ouvir o que incomoda. tem a ver com o que a gente mira "de latera" só pra dizer que nem notou que aquilo existia. e não ousa se perguntar porque isso ou aquilo chateia tanto. não ousa ouvir o que tem por trás do que aquilo que está ali apresentando-se, de novo e de novo. escutando, pouco a pouco, talvez as vozes ganhem mais solidez. penso que se tem uma coisa que me incomoda é minha necessidade e apego à rituais que sei que não me nutrem em todos os sentidos. como passar o dia comendo carboidratos, pizza, chocolate, em frente a uma televisão, apenas existindo, rs. ao mesmo tempo penso que é inverno em Santa Catarina e eu mereço pizza, chocolate e horas de lavagem cerebral by Netflix e outros. é uma constante disputa interna, pois escuto também meu corpo dizer que não sente bem digerindo mal aquilo tudo. a mente não está firme, taumpouco quanto está o corpo. e eu fico ali nessa encruzilhada de pensamentos e equilíbrio de pratos, observando todos esses sinais, por vezes cedendo e "errando", com ou sem culpa. outras vezes conseguindo fazer tudo bem certinho do jeito que tenho aprendido.
basicamente uma batalha que pretende no mínimo esticar nossa fibra da paciência. nunca esperar demais, mas sempre olhar em frente; para o próximo micro passo. assim, a jornada do nutrir me parece mais justa; respeitosa ao tempo que tenho disponível.
mas isso significa olhar para dentro, sentir os padrões, tentar evitar, não se culpar demais mas se manter alerta que pequenas mudanças já são positivas.
aplicar, errar, aprimorar, falhar, tentar novamente, aprender e novamente aplicar em ciclos inesgotáveis até o final de nossas vidas. me parece que tudo no final chega a esse mesmo ponto de partida;
de mais uma pedir pro tempo te ensinar a entender. aprendendo com o que tem agora, afinando o olhar. tropeço, retifico, reordeno (quando posso), faço o que consigo e agradeço, sempre agradeço, porque está vivo é um presente.
quando forte, repito. quando fraca, fica a memória dos dias que acertei. e assim nunca deixar morrer a vontade de ser a minha melhor versão.
com Amor,
Aninha
Comments