acalmar, acolher, priorizar
comecei o nosso papo do mês falando que me "desfiz" das minhas expectativas de fazer "tudo" mas confesso que cá entre nós, maninha, ainda tô engatinhando nisso. na maior parte do tempo quero fazer tudo perfeito, quero tirar 10 em todas matérias da vida, eu hein.
em algum lugar sinto que estou sempre tendo que entregar algo, para mim mesma, nos diferentes espaços que opero. você também sente isso?
não desisto, cada manhã sinto como é uma nova oportunidade para estar mais próxima dos meus dos sonhos que me preenchem de verdade, fecho os olhos e acredito em mim, mas isso não é salvação pra pressa que me aperta o peito. quero poder agir mais, mas não consigo, tem cansaço no meio disso tudo.
rememoro e pontuo em lembrete mental: primeiro segurança, estabilidade financeira e depois todo o resto poderá ser feito;
e quando o trabalho toma conta de muita coisa como ter calma para aceitar o reencaixar da rotina?
como acreditar com esperança que no tempo certo as coisas serão diferentes?
quero permitir esse tempo sagrado das coisas, saber dar espaço para chegar o que não planejei, mas na real, também tem pressa no meio de tudo isso.
reforço para mim mesma que cada dia tem uma lógica cósmica. quero empreender calma e paciência com o balanço e a trajetória da minha vida, mas muitas vezes eu mesma sou a primeira a me atropelar. por insegurança, por ser brasileira, por querer tantas coisas…
esses dias vi um vídeo lindo e me despertou entender também do porquê que nós, mulheres, somos assim, danadas para querer projetar as coisas e nos sentir frustradas se não cumprimos com nossas próprias invenções. de verdade, fomos socialmente construídas para isso; para perfumar a vida dos outros à miúda, pulverizando nossa energia por aí. é de se entender que seja mesmo cansativo, né?
acho que, no final dos meus dias quero poder ouvir minha guruzinha interna dizer: "e quem está por ti, minha querida?". pois é, quem está por mim? quem protege meu corpo, minha vitalidade e meus desasossegos?
nessas horas nem pai nem mãe, mas o nosso peito comprometido em não basear o valor interno no que projetamos cá fora.
tenho engatinhando porém insistido nesse tema. peço perdão se pareço estar me repetindo com você, leitora querida, mas queria transmitir para ti também essa esperança de permanecer resistindo, com calma, com amor. recusando exigir de si mesma o que o mundo impetuoso e masculino já nos pede tanto.
então por vezes, me servirei de mais oportunidades de tirar 5 em várias áreas da vida e está tudo bem.
mando amor na sua semana, meu amô.
lembre-se de se abraçar muito <3
com Amor,
Aninha
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